Flexibilização das atividades ainda não impacta o nível de ocupação e faturamento, mostra pesquisa do Sebrae RS


Reunião do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae/RS dá posse a nova diretoria para os próximos quatro anos. Quem irá presidir a entidade é o atual presidente da Fiergs Gilberto Petry. Foto: Marcos Nagelstein/ Agência Preview

A 11ª edição da Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise, realizada pelo Sebrae RS entre os dias 29 de março e 25 de abril, revela que em abril houve uma melhora na percepção dos entrevistados em relação à situação de negócios no seu ramo de atividades, comparado ao mês anterior, embora o índice negativo permaneça elevado: 73% responderam que a situação piorou, enquanto em março eram 78%. Outros 18% entendem que não houve alteração, mais do que os 16% de março, e, 9% apontaram que a situação melhorou, enquanto em março eram 6%.

Esta percepção vale também para a situação da economia do Estado. Em abril, 87% consideram que a situação piorou (em março eram 89%) e 11% responderam que permanece igual (em março eram 9%). Por outro lado, apenas 2% sinalizaram que o cenário melhorou, enquanto em março eram 6% com este entendimento, o que aponta para uma percepção negativa do cenário do Estado.

Março foi marcado pelo início da segunda onda da pandemia no Estado, aumentando as restrições de funcionamento das empresas. Até o fechamento da pesquisa, em 25 de abril, ainda o elevado percentual de 19% das empresas estavam sem funcionar. Restrições governamentais (44%), o fato de sua atividade funcionar apenas presencial (16%), a decisão de fechar (11%) e a remodelagem do negócio (10%), foram os motivos apontados pelo não funcionamento das empresas. Dos 19% das empresas que estavam sem funcionar, 11% delas adiantaram que irão fechar definitivamente. Para 38% delas, a razão está na falta de clientes, 26% pela falta de capital de giro e 23% não conseguiram reposicionar o negócio.

“Após um ano de monitoramento dos pequenos negócios, observamos que os empreendedores continuam enfrentando muitas dificuldades. Se, por um lado, há os que reposicionaram seu negócio, especialmente pela incorporação de ferramentas de relacionamento digital com seus clientes, tendo se saído melhor na superação da crise, há os não conseguiram fazer esta transição, e estes foram mais severamente atingidos. Diante deste cenário, o Sebrae RS continua atuando fortemente no apoio e orientação daquelas empresas que ainda não conseguiram se adaptar, haja vista o entendimento de que esta será a nova realidade para o mercado dos pequenos negócios”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Vanoni de Godoy.

Faturamento 

A flexibilização de funcionamento das atividades ainda não se refletiu em aumento de faturamento e, de acordo com a pesquisa, 68% dos entrevistados estavam com redução de faturamento (em março de 2021 eram 60%), 21% disseram que se manteve inalterado (em março eram 30%) e 11% responderam que houve aumento (em março eram 10%). Entre os empresários com queda de faturamento, 42% indicaram que a redução foi superior a 50%.

O nível de ocupação de pessoas também permanece baixo e, em abril, 49% dos empresários responderam que houve diminuição, enquanto em março eram 45%. Reduziu de 49% para 43% o percentual dos que informaram que a ocupação se manteve inalterada, e passaram de 6% para 8% os empresários que disseram que houve aumento na ocupação de pessoas. O comportamento é semelhante ao de agosto de 2020, quando metade das empresas estava reduzindo o número de colaboradores, e a média de ocupação permaneceu em quatro pessoas por empresa.

Necessidades

Diante do agravamento da situação, a demanda de recursos para capital de giro, que em março era de 36%, voltou a ser prioridade, subindo para 49% em abril. Além de capital, a orientação sobre o uso de ferramentas digitais para venda e relacionamento com clientes (44%) e consultoria para gestão financeira (34%), continuam como as principais necessidades apontadas. O indicador de disponibilidade de caixa para operar nos próximos 30 dias também piorou, caindo de 60% dos entrevistados, em março, para 49% em abril.

Neste cenário, 46% estavam pessimistas em relação às condições para os seus negócios nos próximos três meses, 38% se mostraram confiantes na melhora e 16% consideraram que deve permanecer igual.

Um ano de pesquisa

A Pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise completa um ano e a décima primeira edição foi realizada de forma online com 706 clientes atendidos pelo Sebrae RS. Tem nível de confiança de 95% e margem de erro de 3%. Foram introduzidas algumas novidades e o relatório passa a considerar os dados do ano vigente e com link de acesso aos dados de 2020. Também passa a incluir infográficos (início da vacinação e 2ª onda) marcando os gráficos para análise e lembrete destes momentos importantes, além de slide com um quadro comparando os dois momentos Abril 2020 – 2021.

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Fonte  por Moglia Comunicação Empresarial Assessoria de Imprensa Sebrae RS