Policiais civis protestam contra pacote de reformas do governo do RS


Agentes da Polícia Civil das 29 regiões do estado fizeram um protesto pelas ruas de Porto Alegre na tarde desta terça-feira (10). Eles criticam o pacote de reformas do funcionalismo público encaminhado pelo governador Eduardo Leite à Assembleia Legislativa.

Com bandeiras e faixas criticando as medidas do governo, os policiais caminharam pelas ruas do Centro em direção ao Palácio Piratini. Bonecos representavam Leite e o vice-governador, o delegado Ranolfo Vieira Jr., considerado pelos manifestantes como “traidor da segurança pública”.

Candidatos aprovados no concurso público do ano passado levaram um bolo para simbolizar um ano na fila de espera aguardando a nomeação.

“Eu não apoio a manifestação. Eu apoio o diálogo”, disse a chefe de polícia Nadine Anflor, que atendeu aos policiais. “Eles têm direito a se manifestarem, têm direito a caminharem com respeito, exigirem seus direitos, mas é importante que a gente mantenha o diálogo.”

Em nota, o governo do Estado disse que respeita toda e qualquer manifestação pacífica. Destacou ainda que os projetos são essenciais para o futuro e que está intensificando os debates para viabilizar a aprovação na Assembleia Legislativa.

Bonecos com imagens do governador Eduardo Leite e o vice Ranolfo VIeira Jr. são levados por manifestantes — Foto: Jonas CamposBonecos com imagens do governador Eduardo Leite e o vice Ranolfo VIeira Jr. são levados por manifestantes — Foto: Jonas Campos

Bonecos com imagens do governador Eduardo Leite e o vice Ranolfo VIeira Jr. são levados por manifestantes — Foto: Jonas Campos

Para Isaac Ortiz, presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores, e Investigadores de Polícia Civil (Ugeirm), o pacote é uma maneira de o governo economizar R$ 25 bilhões às custas do servidor público.

Ele aponta diversos problemas entre as reformas propostas pelo governo, como a criação de novas alíquotas de contribuição previdenciária e adequação à Reforma da Previdência.

“A paridade, a invalidez permanente, que joga o policial para uma readaptação dentro da secretaria ou aposenta pelo que contribuiu pelo Ipergs. Dos seis policiais que morreram este ano, cinco tinham menos de 31 anos. Se fosse depois desse pacote aprovado, certamente as famílias iriam penar para sobreviver”, diz Ortiz.

EPTC – Porto Alegre

@EPTC_POA

15h32 – Atenção! Manifestação em direção ao Palácio Piratini. Neste momento, os manifestantes estão no cruzamento da João Pessoa x Ipiranga. EPTC acompanha.

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Os policiais se somam aos professores e demais servidores que estão em greve, como da Saúde e da Agricultura. Eles decidiram em assembleia que, caso o pacote seja votado no dia 17 (próxima terça-feira), entram em greve na véspera, no dia 16, em todas as delegacias. Se a votação for adiada, eles admitem rever a posição.

Na manhã, servidores de diversas áreas fizeram um ato unificado na Praça da Matriz, também no Centro da Capital. Caravanas do interior aumentaram o volume da manifestação. O Cpers também fez uma nova assembleia e manteve a greve, que já dura 23 dias.

Policiais civis protestam contra pacote de reformas do governo do RS — Foto: Jonas CamposPoliciais civis protestam contra pacote de reformas do governo do RS — Foto: Jonas Campos

Policiais civis protestam contra pacote de reformas do governo do RS — Foto: Jonas Campos

Fonte: Por Jonas Campos, G1 RS e RBS TV (Reprodução)