Flores e cores encantam quem passeia pela Expointer


 Foto: Eliane Iensen/Ascom Expointer

Nem só de animais, leilões e máquinas se faz a Expointer, que segue até domingo (3/9), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Diariamente, o Pavilhão da Flor Gaúcha recebe milhares de visitantes – que, em meio a uma infinidade de orquídeas, cactos, suculentas, samambaias e mudas de rosa-do-deserto, entre outras, escolhem as que são de sua preferência.

Para a funcionária do Solar das Orquídeas, Angela Menegot, de Campo Bom, trabalhar com plantas é muito gratificante. “Todos os dias temos cores diferentes”, resumiu. Há opções como Cattleyas, Dendrobium e Phalaenopsis, de variados tamanhos, aromas, preços e cores para encantar quem passa pelo local nesta 46ª edição do evento. Segundo ela, para manter as orquídeas com flores é preciso adubar a cada 15 dias e regar em dias alternados. No inverno, observa, é possível ficar até 15 dias sem rega.

Desde 1992, o agrônomo e assessor da Presidência da Associação Rio-Grandense de Floriculturas, Laerte José da Silva, apostou no plantio de flores e suculentas em Pareci Novo. Tudo começou quando ele decidiu plantar e testar diferentes variedades para depois repassar o conhecimento aos produtores da região. “Fomos testando e vendo como se desenvolviam melhor”, recorda.

Há pelo menos duas décadas presente na Expointer, Silva diz estar otimista com as vendas em razão do forte movimento registrado desde o fim de semana. “Temos orgulho de dizer que todas as plantas são produzidas na região”, atesta, ao observar que os municípios de Ivoti e Pareci Novo se destacam na produção.

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Agrônomo Laerte José da Silva apostou no plantio de flores e suculentas em Pareci Novo – Foto: Eliane Iensen/Ascom Expointer

Incentivo à produção na pequena propriedade

Para estimular a produção de flores nas propriedades rurais, o projeto de extensão Flores para Todos, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), qualifica agricultores que querem ter, na floricultura, mais uma fonte de renda no campo.

O trabalho da equipe PhenoGlad, que lidera o projeto, apresenta três pilares de produção: ambiental, social e econômico. Nas propriedades, a iniciativa busca estimular a floricultura, não apenas no embelezamento, mas na geração de renda. Nas escolas rurais, o objetivo é fornecer um laboratório de campo através das flores como ferramenta pedagógica voltada. Nas onze etapas de atividades, o programa já chegou a 313 famílias e 53 escolas em 16 estados brasileiros. O projeto é comandado pelo professor de Agronomia Nereu Augusto Streck.

Letícia é uma moça jovem e loira. Ela aparece sentada junto a uma mesa que está no estante da feira, localizada ao ar livre. Ela exibe uma publicação do projeto de extensão. Ao fundo, há banners sobre o projeto.
Estudante de Agronomia, Letícia Ferronato faz parte do projeto de extensão Flores para Todos, da UFSM – Foto: Eliane Iensen/Ascom Expointer

Na Expointer, os visitantes podem conferir as espécies e receber orientações na Casa da Emater, com estudantes e técnicos. A estudante de Agronomia Letícia Ferronato salienta que, para os participantes do projeto, é fornecido, em parceria com a Emater/RS-Ascar, um material informativo que aborda desde o plantio até a colheita. “Assim, espera-se que o agricultor se torne apto para o cultivo e o manejo de flores”, comenta Letícia, que está no sétimo período da graduação e pretende seguir trabalhando no setor. Hoje, apenas 13% do que é vendido é produzido no Estado.

De Flores da Cunha, a produtora Rita Garibaldi Gasparetto, que passou o dia na Expointer, aproveitou a visita à Casa da Emater para pedir dicas sobre o cultivo de girassóis, suas flores preferidas. “Aqui tudo é bonito, e sempre aprendemos coisas novas”, conta a produtora de uvas na Serra Gaúcha.

Fonte Texto: Eliane Iensen/Ascom Expointer

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