Condutor, álcool e direção não combinam. Dirija com responsabilidade


Substância psicoativa, o álcool pode alterar percepções e comportamentos, aumentar a agressividade e diminuir a atenção prejudicando a aptidão de um condutor e tornando a direção veicular insegura.

O seu uso está ligado às mortes por acidentes de trânsito. Mundialmente, em cerca de 35% a 50% das mortes registradas nas vias, constata-se a presença de álcool, segundo dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego – ABRAMET. A principal causa de morte entre jovens de 16 a 20 anos são os acidentes automobilísticos associados ao álcool.

Com taxas, mesmo baixas, de alcoolemia, os olhos se movem com menor frequência, reduzindo o padrão de busca de riscos na cena, fixando-se em determinadas áreas por um tempo maior do que o normal e deixando de perceber o que está ocorrendo no restante do campo visual.

Um condutor embriagado que dirige em uma rodovia a 80 km/h e precisa frear o veículo por causa de algum obstáculo repentino à sua frente demorará mais tempo para que a sua reação de defesa aconteça. Assim, maior é a distância percorrida antes da freada e, por consequência, maior a distância final percorrida antes de o veículo parar totalmente. Desse modo, quanto mais álcool um motorista ingerir, mais longo será o tempo de reação e maior a probabilidade de não ser possível evitar uma colisão. Isso sem contar que a influência do álcool pode prejudicar a avaliação de condições como água ou barro na pista, que exigem cuidados redobrados.

O consumo de bebida alcoólica provoca, ainda, alterações do comportamento, das noções de perigo e do nível de consciência, inibindo barreiras morais e causando perda da autocrítica. Por essa razão, condutores sob efeito de álcool são mais propensos a dirigir em alta velocidade e a não utilizar o cinto de segurança, resultando em acidentes mais graves.

A combinação é perigosa pois o motorista que une bebida e direção põe em risco não somente a própria vida, mas também de passageiros, outros motoristas, pedestres e ciclistas.

Se for dirigir, não beba

Mesmo que os efeitos da embriaguez tenham passado, isso não quer dizer que o álcool foi eliminado completamente do organismo.

Segundo os especialistas, as técnicas usadas para acelerar a eliminação do álcool, como ingerir café, tomar aspirina ou um banho gelado, não funcionam. Além disso, o tempo de eliminação do álcool do sangue varia de acordo características como peso, idade, sexo e estado físico.

Então, quando for sair e beber, o ideal é planejar-se com antecedência, e usar outros métodos de locomoção, como transporte público, táxi, aplicativos de carro particular ou escolher um amigo que não irá beber para ser o motorista.

Fonte e foto por Coordenação-Geral de Comunicação Social – DNIT