Comandante emérito da Guarda Municipal de Curitiba morre de Covid-19 aos 60 anos


Odgar  — Foto: Pedro Ribas/SMCS

O comandante emérito da Guarda Municipal de Curitiba e superintendente da Defesa Social morreu de Covid-19 na ultima quarta-feira (5) aos 60 anos.

Nascido em 1960 na cidade de Júlio de Castilhos no Rio Grande do Sul, Odgar Nunes Cardoso era membro da turma pioneira da Guarda Municipal, de 1998.

Cardoso deixa a esposa, Silvia Zoraski, que é supervisora da Guarda Municipal, e dois filhos.

A Prefeitura de Curitiba decretou luto oficial de três dias pelo falecimento de Cardoso. De acordo com a administração municipal, ele estava internado no Hospital da Cruz Vermelha há cerca de um mês.

O prefeito Rafael Greca (DEM) fez uma publicação, em uma rede social, sobre a morte do comandante da Guarda Municipal – a quem chamou de “grande amigo”.

#LutoOficial Perdemos para o Covid-19 o Comandante Emérito da Guarda Municipal Odegar Nunes Cardoso (1960-2020). Servidor impecável de Curitiba, membro da turma pioneira da GM, em 1988. Odegar fez na Guarda Municipal de Curitiba uma brilhante trajetória profissional ao lado de sua mulher, supervidora Silvia Zoraski, dedicada mãe de seus filhos Helena e Lucas. Tive a honra de contá-lo entre meus grandes amigos. Margarita e eu, ao sabermos da indesejada notícia, e todos os servidores da Prefeitura de Curitiba , nos colocamos em oração. Seja sua passagem até a Casa do Senhor feita à luz dos Anjos e ao som de cânticos de Glória. Deus lhe dê eterna recompensa pelo muito que trabalhou para todos”. Comandante Odegar foi sepultado no jazigo da Família com honras militares de alguns de seus colegas – em cerimônia restrita – no Cemitério Municipal do Sagrado Coração de Jesus da Água Verde. #LuzDosPinhais

Em agosto de 2019 vésperas de sua aposentadoria, Odgar Nunes Cardoso, natural de Júlio de Castilhos, completava 31 anos de atuação na Guarda Municipal de Curitiba.

Odgar Nunes Cardoso:

Antes de entrar na Guarda Municipal, Odgar atuou como sargento do Exército Brasileiro e depois passou a trabalhar como motorista de caminhão. “A empresa que eu trabalhava era de Curitiba, mas tinha uma filial no Rio Grande do Sul, onde eu morava. Numa das semanas de trabalho, o superior me pediu que eu fosse a Curitiba para alguns compromissos e foi aí que a GM entrou em minha vida”, contou.

Guarda Municipal foi sua vida.

Quando entrou na GM, no finalzinho da década de 80, a instituição estava surgindo e todos os padrões que se formaram ao longo do tempo vieram com os anos. “Por isso que, para mim, a Guarda é tudo que eu adquiri na vida. Não só na questão financeira, de bens materiais, mas também na questão pessoal mesmo. A Guarda foi uma estrutura de segurança não só para mim como também para a minha família. Me deu oportunidade e eu soube aproveitar isso”, disse Odgar, fazendo alusão aos estudos, já que ao longo do tempo em que atua como GM buscou se especializar. “Me formei em geografia e história, mas fiz especialização de planejamento estratégico na área de segurança pública e também para formação de instrutores”.

Odgar, que entrou apenas como ‘guarda municipal’, aos poucos foi abraçando as oportunidades que a carreira lhe dava. “Abriu concurso em 94, eu fiz, e passei para supervisor. Depois, em 2004, fiz o concurso para inspetor e passei também. Junto disso, no decorrer da carreira, devido ao trabalho desempenhado, tive a chance de ser diretor da GM três vezes: a primeira em 92, por um mês, a segunda em 2010 e agora, desde 2017. Já na questão pessoal, a GM me deu muito: minha esposa”.

Teve casório

No primeiro ano de GM, Odgar conheceu Silvia Maria Zoraski, a mulher que se tornaria a mãe de seus dois filhos e sua parceira da vida. Ela, que também é da primeira turma da guarda, se tornou supervisora e os dois se casaram em 89. “A história da gente se mistura com a da GM porque nos conhecemos trabalhando, namoramos, casamos e constituímos nossa família. Os mesmos valores que a gente tenta passar para os nossos filhos nós trazemos para a instituição, que é a base familiar, a convivência, a educação, a moral”, comentou Silvia.

Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná (Reprodução)

 

Fonte Portal G1 PR Edição Alcir61