Nos últimos 20 anos, a participação das mulheres na vida econômica brasileira aumentou consideravelmente. Foi-se o tempo em que o tema era associado apenas ao gênero masculino. Cada vez mais elas buscam empreender, pois a maioria almeja uma atividade rentável que possa ser construída de forma autônoma e independente. Um relatório divulgado, recentemente, pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), aponta que em 2017 e 2018, a proporção de mulheres empreendedoras que são “chefes de domicílio” passou de 38% para 45%.
“A cada ano vemos uma mudança social e cultural nesse mercado, com papel de destaque para as mulheres. Atualmente, o público feminino é mais expressivo do que o masculino, quando o assunto é a abertura de novos empreendimentos”, ressalta a superintendente da Unicred Central Multirregional, Ana Carolina Ramos. Os dados apontam que o empreendedorismo tem despertado mais interesse das mulheres. A proporção de “Empreendedores Novos” – os que têm um negócio com menos de 3,5 anos – é maior entre elas: 15,4% contra 12,6% de homens.
O estudo constatou ainda que as representantes do sexo feminino empreendem movidas principalmente pela necessidade adquirir independência financeira. Elas são maioria nos setores de comércio (52,95%), indústria (65,20%) e serviços (55%). “As mulheres entraram com força no mundo financeiro. Esse movimento, em parte, é devido ao surgimento de cursos de educação financeira voltados exclusivamente para esse público”, comenta. Para ela, o aumento do número de mulheres dentro das unidades financeiras também acaba atraindo mais cooperadas para esse setor, “pois gera identificação e confiança”, avalia.
O fato de a mulher ter responsabilidades como trabalho e família faz com que ela tenha precaução. “Dessa forma, ela analisa tudo muito bem antes de entrar em um novo negócio, além de ter uma visão de longo prazo maior do que a dos homens. Assim, tem decisões financeiras mais acertados”, elucida.
O número de mulheres dentro de instituições financeiras também tem crescido, apesar de ainda ser de forma tímida. Atualmente, cerca de 40% dos cargos de dentro das unidades de negócios no Brasil são ocupados por mulheres. Na Unicred Central Multirregional esse número é mais expressivo, chegando a 60%. “Temos também um número significativo de cooperadas do sexo feminino. Hoje elas representam 50% das contas ativas dentro da nossa área de atuação”, acrescenta Ana Carolina.
Sobre a superintendente Ana Carolina Ramos Sousa de Menezes
Formada em Direito com pós-graduação em Negócios, pelo IBMEC, e com MBA em cooperativismo de Cooperativismo de Crédito, Administração e Negócios, pela Universidade de São Paulo (USP); Ana Carolina Ramos Sousa de Menezes cursa atualmente MBA em Marketing também pela USP. Possui consolidada experiência na gestão das áreas Administrativa, Planejamento, Operacional, Investimentos, TI e Comercial com visão sistêmica dos processos, integração entre as diversas áreas, melhoria de processos operacionais, desenvolvimento de pessoas e projetos com avaliação de resultados.
Fonte e foto por: , Vanessa Perroni